Olá pessoal,
A nova edição do jornal ZOOM traz dois novos artigos meus e uma entrevista que fiz com a educadora Sônia Bertochi. Para quem quiser conferir:
Vamos pegar uma onda?
(Aborda de forma leve e abrangente esse fenômeno extremamente importante da natureza e muito pouco conhecido - pelo menos na escola).
http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=293
O difícil recomeço
(Tratando mais uma vez da dificuldade dos professores aderirem ao uso dos computadores na escola).
http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=294
Entrevista com Sônia Bertocchi
(Educadora, atualmente trabalhando com as TICs - Tecnologias de Informação e Comunicação).
http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=292
No final de cada artigo é possível avaliá-lo atribuindo-lhe "estrelinhas". Fiquem à vontade.
Abraços,
Prof. JC
Todo ano, toda escola, todo mês, toda classe, todo dia, todo aluno, tudo muda o tempo todo. E se não mudarmos também, se não acompanharmos as mudanças e nos inserirmos nelas, o mundo nos mudará assim mesmo e nos tornará ultrapassados e obsoletos. É nesse mundo sempre novo e diferente, onde os problemas já não podem ser apenas obstáculos a nos deterem, mas antes de tudo desafios a serem superados, em que ensinar passa a ser uma arte: a arte de estar sempre aprendendo.
sábado, 12 de novembro de 2005
quinta-feira, 2 de junho de 2005
Novos artigos publicados
Pessoas,
Tem dois novos artigos meus recém publicados na revista ZOOM:
"Olhe ao seu redor, há ciência por todos os lados" -
http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=264
"Letramento, inclusão digital e novas práticas pedagógicas" -
http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=265
Quem quiser dar uma olhada pode aproveitar e fazer sua avaliação deles no final dos artigos (usando as "estrelinhas"). Também agradeço aos comentário feitos aqui no blog.
Fui...
Tem dois novos artigos meus recém publicados na revista ZOOM:
"Olhe ao seu redor, há ciência por todos os lados" -
http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=264
"Letramento, inclusão digital e novas práticas pedagógicas" -
http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=265
Quem quiser dar uma olhada pode aproveitar e fazer sua avaliação deles no final dos artigos (usando as "estrelinhas"). Também agradeço aos comentário feitos aqui no blog.
Fui...
sábado, 28 de maio de 2005
A síndrome da cleptomania avaliacional - V - final
Com esse post espero encerrar a série sobre a “cola”. Encerro a série, mas tenho certeza de que nem de longe encerro o assunto.
A última razão que apontei para a “cola” diz respeito à conivência com que ela é tratada. Assim, vamos ao quinto item:
5 - O professor é conivente com a cola ou despreparado para inibi-la.
O que é ser “conivente”? Ser conivente é compactuar com algo de que, por princípio, discordamos; é fazer vistas grossas a algo que julgamos ser errado, mas que decidimos tolerar por uma razão qualquer que nos pareça bastante boa.
O professor é conivente com a cola quando a permite, quando a facilita ou mesmo quando não a impede ou não a dificulta, mas, principalmente, ele é conivente quando não toma nenhuma medida que vise erradicá-la.
A ameaça de punições, ou mesmo as punições previstas nos regimentos escolares, já se mostraram suficientemente ineficazes para impedir ou mesmo desestimular a cola. Como vimos no post anterior, as punições para os alunos que colam não atingem todos os “colantes”, não causam desestímulo suficiente e, na maioria das vezes, são antipedagógicas, pois nada ensinam.
Métodos operacionais, tais como: misturar alunos de diferentes séries em uma mesma sala nos dias de prova, fazer várias provas para uma única classe, vigiar incessantemente os alunos, ou qualquer combinação desses métodos, podem ajudar a desestimular a cola, mas não a impedirão e nem contribuirão para que ela seja erradicada como “método de obter nota”.
Talvez seja por essas tantas razões que muitos professores tornaram-se coniventes com a cola e simplesmente passaram a ignorá-la, mas não é só por isso. Muitos professores também colaram quando estavam na escola e, portanto, eles mesmos não vêem na cola nada mais do que uma “esperteza” do aluno. Há mesmo quem acredite que “TODOS” colaram algum dia em alguma prova.
Daí segue-se, creio eu, a conclusão natural de que muitos professores estão despreparados para lidar com a situação de “cola”, pois colaram na escola, tornaram-se professores apesar disso e, atualmente, já não dispõem nem mesmo dos métodos toscos de coação de que seus antigos mestres dispunham. Nada mais natural que diante desse quadro se faça vistas grossas à “cola”, não é?
Não, não é, ou, pelo menos, não deveria ser assim.
Se racionalmente concordamos que o aluno que cola o faz por uma série de boas razões e, além disso, concordamos também que seria melhor que ele não colasse, por mais justas que sejam as razões pelas quais ele cola, então não podemos fazer vistas grossas e nem nos conformarmos que “é assim mesmo e no final das contas todo mundo cola”.
Se o aluno cola para obter nota porque damos a essa nota um status artificial de “qualidade” para o aluno, então talvez devêssemos retirar da nota esse poder de transformação que faz com que bons meninos tenham que roubar nota para manterem sua dignidade de pessoas. Podemos fazer isso se deixarmos de usar a “nota” do aluno como elemento de chantagem, como discriminante entre os próprios alunos, como fator de reprovação ou simplesmente como uma medida da “qualidade da pessoa”. Se a nota não tiver valor, quem vai querer roubá-la? Alguém rouba folhas de grama dos jardins ao invés das flores?
Se o aluno se sente inseguro sobre o que aprendeu e procura colar porque com isso ele terá o respaldo de outro, seja de um colega, seja do livro, seja do seu próprio caderno ditado pelo professor, então talvez possamos avaliá-lo de uma forma em que suas respostas não sejam comparadas a um “padrão” inflexível, mas sim que sejam valorizadas por aquilo que têm de certas e, da mesma forma, que seus erros sejam reparados no próprio processo de avaliação como forma de reforçar a aprendizagem e não como forma de punir o aluno.
Se o aluno cola porque isso lhe parece ser a coisa mais natural a fazer, então precisamos esquecer um pouco o conteúdo específico de nossa disciplina para refletirmos com ele sobre o que é certo e o que é errado, temos que falar de ética sim, porque não? Nossos alunos precisam saber que o certo não é tudo aquilo que pode ser feito sem que se seja punido, precisam saber que a cola não é um “pecado contra a santa madre escola”, mas sim um pecado contra sua própria formação como cidadão.
Se o aluno cola porque dificilmente será punido, ou será punido de forma tão ineficaz que colar ainda lhe parecerá ser vantajoso, então não adianta querermos puni-lo com as leis de Talião, mas talvez possamos convencê-lo de que ele será muito menos punido e muito mais premiado se não colar. Não adianta punirmos os alunos que colam se não sabemos premiar aqueles que não colam.
Por fim, se estamos despreparados para lidar com a “cola” e se não conseguimos dar conta das quatro demandas acima, então isso também não significa que devamos lavar as mãos e fazer de conta que estamos em outro mundo, um mundo perdido no caos onde nada mais dará certo, mas talvez devamos reconhecer que precisamos mudar nossas práticas, mudar nossa escola, mudar a nós mesmo e depois, somente depois, poderemos pretender mudar nossos alunos.
Bom, era isso que eu tinha para dizer sobre a cola.
Fui...
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